terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Comitê De Luta Pelo Socialismo, núcleo da Universidade Federal Fluminense (CLPS-UFF), integrante do Movimento Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo, formado por estudantes e trabalhadores que se organizam no espaço da Universidade em torno dos ideais do Marxismo-Leninismo em combate às políticas neoliberais, indica aos estudantes da UFF o voto crítico na Chapa 1 - “Quem vem com tudo não cansa” - para as eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFF).

A premissa primeira para a nossa indicação de voto crítico consiste na condenação de qualquer tipo de aparelhamento dos movimentos de massa, entre eles o movimento estudantil. Defendemos que o DCE deve ser um espaço para lutar pelas pautas urgentes dos estudantes e da Universidade. É por isso, por assim entendermos, que a nossa crítica é feita tanto à chapa apoiada pela atual gestão, “Quem vem com tudo não cansa” (Chapa 1), formada por forças do PT e PC do B, quanto à chapa de oposição, “Virar a UFF do avesso”, com a orientação do PSOL, PSTU e PCB, que, uma vez instalados, se utilizam do DCE como um órgão extra-oficial de seus partidos e grupos políticos.

Entretanto, apesar de considerar o exposto acima, optamos pela indicação de voto na CHAPA 1 “Quem vem com tudo não cansa”, devido a esta se encontrar -  sob a luz dos acontecimentos - à frente das lutas demandadas pelo estudantes em comparação à CHAPA 2, de oposição, pois defendeu desde o início o processo de ampliação que vive hoje a universidade através do REUNI, mesmo com todas as limitações deste projeto, enquanto que a oposição insiste em falar em “precarização”. Enquanto que o grupo em torno da CHAPA 1 defendeu os recursos do Pré-sal para saúde e educação, a oposição se debateu internamente se esse recurso natural deveria ser explorado ou não.

Ao mesmo tempo, nós criticamos a CHAPA 1 por terem um posicionamento tímido frente à algumas políticas e práticas neoliberais que imperam no interior da universidade, como a entrada do banco do Santander nas dependências da UFF, e um posicionamento tardio frente à entrada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) que tem como objetivo privatizar os hospitais universitários que já se encontram em condições deploráveis de funcionamento, podendo gerar graves consequências para as pesquisas desenvolvidas. Diante desses fatos, a oposição, representados pela CHAPA 2 se posicionou sobre esses assuntos com uma perspectiva oportunista de combater a qualquer custo o REUNI, como se as medidas particulares que dizem respeito semente à universidade comprometessem a ameaça do projeto neoliberal como um todo.

Tais posturas assumidas pelo grupo representado pela CHAPA 2, leva-nos a crer que a oposição se coloca, no mínimo, fora do plano da realidade, pois, ao se posicionar contra a expansão da universidade estão condenando a entrada de jovens e adultos pobres, negros e favelados, que pela primeira vez estão tendo a oportunidade de ingressar no ensino superior.

Nossa posição vem justamente na contramão desta pratica viciada e que tanto prejudica o Movimento Estudantil. Para nós, o ME deve ser dirigido pelos próprios estudantes e para os estudantes. Uma proposta viável seria de que os Diretórios Acadêmicos (DA) e Centros Acadêmicos (CA) indicassem os diretores do DCE, diminuindo a possibilidade de aparelhamento por parte de grupos partidários eleitoreiros, ampliando e democratizando a voz dos estudantes tanto na gestão, quanto nas assembleias, e estabelecendo um canal direto nos debates sobre as pautas da universidade e dos projetos de educação para o Brasil.

Como Lênin já afirmava na sua obra “O que fazer”, o movimento de massas “não é a guerra, mas a escola da guerra”.  Portanto, o Movimento Estudantil deve ser um espaço de aprendizado para a luta, em que o estudante se coloca diante de suas pautas do dia-a-dia: mais assistência estudantil, residência universitária e ampliação das vagas e cotas, entre outras pautas urgentes, colocando-o como protagonista num movimento que o faça compreender – através de um processo dialético - que por mais que estas demandas avancem e sejam conquistadas, a Universidade Popular não poderá ser plenamente constituída enquanto perdurar a lógica da sociedade capitalista.

POR UM DIRETORIO CENTRAL DOS ESTUDANTES PARA OS ESTUDANTES E O POVO! 
POR UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DE QUALIDADE E DE LIVRE ACESSO! 

Comitê de Luta Pelo Socialismo-UFF

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